09/02/2007

PRÓ-CONSCIÊNCIA PELA PRESERVAÇÃO DAS ÁGUAS - a vez das praias

foto do nosso skandalon no laranjal em pelotas

Florianópolis é conhecida pela sua beleza natural, a qual atrai milhares de turistas todos os anos. A população da Ilha no verão chega a triplicar. E a falta de consciência, infelizmente, não tira férias. As praias sofrem com a poluição, dos esgotos, dos papéis, plásticos e outros dejetos que ficam na praia, com a visita dos cachorros levados pelos donos...

Neste contexto, a ONG PACHAMAMA movimenta-se para mais um SKANDALON, desta vez em Floripa, dia 11 de fevereiro (domingo próximo), no horário das 17:30hs, na Praia de Canasvieiras, com saida do Trapiche. Estaremos recolhendo lixo, conversando com os presentes, infundindo consciência a respeito de nosso papel de cuidadores e curadores do Planeta, distribuindo panfletos e, ao final, faremos uma meditação e irradiação.
Estão todos convidados!

06/02/2007

Sinal de Alerta da Mãe Terra



Na sexta-feira passada, em Paris aconteceu o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), patrocinado pela ONU, onde foi apresentado o primeiro relatório dentre os quatros que serão apresentados neste ano, com conclusões alarmantes sobre os efeitos do aquecimento global. Este relatório traça um quadro preocupante sobre o futuro do planeta caso não sejam tomadas medidas urgentes e inadiáveis a fim de reverter o quadro atual.
Segundo especialistas do IPCC o aquecimento do planeta se deve, com 90% de chance, às emissões de dióxido de carbono provocadas pelo homem, cujas conseqüências serão o aumento da temperatura média em até 4º. C e aumento do nível do mar de 18 à 59 cm até o ano de 2100.
Contudo, as previsões do IPCC foram consideradas conservadores por cientistas que advertem que pode ser ainda pior do que prevêem, e com razão, porque os sinais de alteração climática já são evidentes, nem precisamos ser cientistas para constatar este fato, basta observar e sentir como tem aumentado o calor, como as inundações estão mais freqüentes, os ciclones tropicais, tufões e furacões, bem como o aquecimento da temperatura da superfície dos oceanos, que por si só já interfere na ocorrência de tempestades, como é o caso da Ilha de Tuvalu (Sul do Oceano Pacífico) que dado o aumento da ocorrência de ciclones tropicais na última década, houve de ser abandonada por seus onze mil habitantes, que foram recebidos pela Nova Zelândia. Os mais alarmistas já falam em “refudiados do clima”, que segundo atestam, será muito maior que os refugiados da guerra.
O Brasil é considerado o quarto emissor de gases do efeito estufa, dado ao desmatamento e queimadas, bem como as grandes hidrelétricas que ao inundarem áreas de floresta também contribuem para este título nada invejável, ao emitirem grande quantidade de metano na atmosfera; as usinas de carvão também causam grande impacto porque são fonte de gás carbônico; a energia nuclear é suja, cara e perigosa. E sem falar da numerosa frota de veículos movidos a combustível fóssil que poluem e contribuem para o aquecimento global, o que é notadamente agravado pelo problema de ser uma frota muito antiga e altamente poluente.
Muitos são os problemas e as soluções que nos oferecem são ineficientes e ineficazes, como o Protocolo de Kyoto (1988), um brilhante pacto assinado entre 180 países, onde se pactuou a redução da emissão de dióxido de carbono até 2012, que na prática não está funcionando, além de não ter sido ratificado pelo maior poluidor mundial: os Estados Unidos.
Contudo, este novo Fórum mundial sobre a mudança climática se não tem o condão de resolver os problemas teve o grande mérito de trazer o assunto ao debate e alertar para o perigo iminente. Segundo o Greenpeace este é o “sinal de alerta” para impulsionar os governos à ação, diante do diagnóstico de que “nosso futuro parece perigoso”. O que os governantes e a humanidade farão com estas informações ainda não se sabe, entretanto, o que não podemos mais permitir é que o meio ambiente fique sem uma resposta porque o descaso com o problema ambiental já foi longe demais, a Mãe Terra é um ser vivo que está sendo agredido pela ação irresponsável do homem, pela inércia dos governos e a impunidade dos que agridem ao meio ambiente, desde países que em nome do poder econômico se colocam a parte como se o problema não fosse deles também, até bem perto de nós, como a gente simples e ignorante que é manipulada pelo interesse de uns poucos, que se escondem por detrás de movimentos sociais para tirar escusas vantagens econômicas.
O que precisamos desenvolver é o senso de comunidade, de uma grande família humana, uma tribo só, pois o Planeta é tanto dos ricos quanto dos pobres, é tanto das gerações atuais como das futuras. Temos que compreender que o planeta é um ser orgânico que se sofre uma degradação na China a nós afeta por igual, porque a natureza não tem fronteiras, não há um lugar onde começa ou onde termina, a Terra é um Ser único, por isso é nossa responsabilidade se é poluída aqui no Brasil ou na Índia.
Se os governos são mantidos de mãos atadas por conta do poder econômico então que os cidadãos façam o que tem que ser feito, desde medidas simples como separar corretamente o lixo, até escolhendo bem os governantes e não só isto fiscalizando suas ações, seja reclamando; seja fazendo movimentos em defesa ao meio ambiente ou plantando árvores, enfim, todos podemos contribuir muito mais, ou talvez nada tenhamos feito ainda diante do enorme problema que temos em nossas mãos.
O problema está em nossa porta, em nossa casa, em nossa cidade e se destruímos ou não cuidamos de nossa própria casa então haveremos de sofrer as conseqüências. Qualquer desequilíbrio infligido ao delicado sistema do meio ambiente já é razão suficiente para trazer conseqüências sérias e cumpre a nós – os moradores deste Planeta – nos perguntar como é que estou contribuindo para este desequilíbrio? E creia-me, até o papel de bala que se joga no chão já é causa deste desequilíbrio. Pensemos nisto!

Com carinho,
Nuit alegria Sandoval