Em julho de 2007, após participarmos, à convite, de uma reunião do COMPAM - Conselho Municipal de Proteção Ambiental, aqui em Pelotas/RS, percebemos a importância de darmos entrada no requerimento junto à Prefeitura Municipal de Pelotas, solicitando o cadastro da nossa Associação Pachamama no CAIAPAM - Cadastro Municipal de Instrumentos e Atividade de Defesa Ambiental, cadastro este instituído pela Lei Municipal nº. 3861, de 09 de agosto de 1994.
Por que termos o CAIAPAM?
Em primeiro lugar porque é uma obrigação de toda entidade que trabalha em prol do meio-ambiente, ter seu cadastro junto ao município onde atua (Resolução nº. 010/2003 do COMPAM) e também porque somente Organizações Não Governamentais - ONG's com estatuto registrado, com inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica - CNPJ, e devidamente cadastradas no Cadastro Municipal de Instrumentos e Atividade de Defesa Ambiental- CAIAPAM, poderão apresentar projetos para utilização dos recursos do FMAM- Fundo Municipal de Proteção e Recuperação Ambiental(Resolução nº 09/2003 do COMPAM).
Assim lá naquela data, iniciamos a percorrer os caminhos, que se faziam necessários, para que fizéssemos nosso cadastro ou CAIAPAM.
Claro que para obtermos o CAIAPAM, uma série de documentos se fez necessário apresentar, junto ao órgão ambiental do município e muito tivemos que correr, atrás do registro do Estatuto, de Atas, de listas de presenças, assinaturas necessárias de pessoas que não moram em Pelotas, mas trocamos e-mail´s, muitos telefonemas, sedex e enfim tudo foi ficando na mais perfeita ordem...
Logo após a apresentação da documentação exigida, os pedidos de cadastramento são julgados pelo órgão ambiental do Município e homologados pelo COMPAM mediante Resolução própria.
...E assim dia 03 de março de 2008, fomos a reunião do COMPAM, onde seria aprovado ou não nosso cadastro, assim como de outras organizações não governamentais.
Quando chegou a vez da Associação Pachamama, pediram para que falássemos sobre o que é nossa associação, que projetos desenvolvemos e afinal...por que existimos.
Tomás e eu, fomos à frente da maioria dos segmentos representativos do município de Pelotas, que tem envolvimento com meio-ambiente (SQA, FEPAM, SANEP, CEEE, UFPEL, UCPEL...), e iniciei falando e acredito que com a inspiração de deva protetor de nossa associação, falei e falei e segundo Tomás...emocionei os presentes, pois estão acostumados a discursos bem diferentes do nosso, acredito que fazia algum tempo que não ouviam falar em uma irmãzinha árvore...como um ser vivo e sensível e nem no amor que sinto pela cidade em que nasci e nem em um grupo como nosso que acha que melhor do que falar é fazer.
Assim, Tomás completou dizendo que somos um grupo que queremos com simplicidade fazer algo, fazer o melhor pela terra e pelos seres vivos que nela habitam.
Acabamos de falar e fomos questionados a respeito do nome...o que é Pachamama? E assim mais uma vez falei, de nossa Mãe terra, de Gaia.
Acabamos e aprovaram por unanimidade, o cadastro de Pachamama no CAIAPAM. Uma das etapas estava vencida.
Rumamos então para segunda etapa, colocar a Associação Pachamama, como Conselheira em termos de meio ambiente, no Município de Pelotas, ou seja integrar o COMPAM.
Hoje ...dia 10 de março de 2008, na Câmara de Vereadores, às 14 horas, realizou-se a eleição das entidades participantes da próxima gestão do COMPAM no biênio 2008/2009, a ONG Pachamama...nósssssssssss, depois de uma reunião exaustiva das 14 horas até às 17h30min, em que Sônia, Maria Edith, Ana Rita, Iride, Tomás e eu, representamos nossa Associação Pachamama, fomos ELEITOS!!!
Teremos como nosso representante, titular à frente do COMPAM – Tomás Bretanha Souza e como Primeiro Suplente –Ana Luiza Machado Patella e Segundo Suplente –Sônia Motoyama.
Isto representa que de fato teremos voz ativa contra as grandes aberrações e maus tratos à nossa mãe natureza, claro que no âmbito de Pelotas...mas é um início.
Assim queridos desta família andina, mais uma vez, nos esforçamos, todos nós, isto é o resultado do esforço de muitos, vencemos a preguiça e a acomodação e estamos conquistando um espaço no qual nossa voz será ouvida.
Ana Luiza Machado Patella/Caridad Romero Mendizabal
"É dando que se recebe"